quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sue Saad - She's a Fire



A canção também foi utilizada nos créditos de abertura para SPITFIRE - PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL:



"My name is Pyun. Albert Pyun..."

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

REVIEW: BRAIN SMASHER... A LOVE STORY (1993)


É notório entre os fãs de Albert Pyun as dificuldades que o sujeito sempre enfrentou em cada uma de suas realizações, seja com produtores imbecis, orçamentos apertados, prazos curtíssimos, etc, e que acabaram refletindo no resultado visto na tela, distorcendo a visão e o verdadeiro talento do diretor! Mas se existe um filme que, aparentemente, saiu exatamente do jeito que Pyun queria, este se chama BRAIN SMASHER… A LOVE STORY!

Imaginem um DEPOIS DE HORAS, do Martin Scorsese, mas com… Ninjas e muita porrada! O fortão Andrew Dice Clay vive um leão de chácara de uma boate, conhecido como brain smasher, ou esmagador de cérebros, por causa do seu potente soco desferido nos apressadinhos furadores de fila. O destino acaba lhe colocando no papel de anjo da guarda de uma modelo gatíssima, Teri Hatcher, que está fugindo de uma perigosa organização de mascarados chineses, praticantes de um kung fu mortal, liderados Yuji Okumoto. Eles querem uma flor de lótus vermelha que acreditam ser capaz de lhes dar o poder supremo. A flor se encontra atualmente com a irmã de Hatcher. O casal agora, seres de dois mundos completamente diferentes, vive uma noite de aventuras, tentando salvar a própria pele e, talvez, até se apaixonar durante o percurso.



O roteiro escrito pelo próprio Pyun é bem ágil, sempre trazendo uma situação nova durante a jornada noturna dos protagonistas - a cena na casa dos pais de Clay é engraçadíssima -, possui diálogos ótimos, com um senso de humor esperto - a piada que eles fazem com os chineses chamando-os de japoneses e ninjas é demais! - e Hatcher e Clay possuem muito carisma! O resto do elenco também rouba boa parte do show, especialmente os fiéis colaboradores do diretor, Tim Thomerson e Brion James, que aparecem rapidamente como uma hilária dupla de detetives.


Teri Hatcher está deliciosamente linda! É musa da adolescência, quando ainda estrelava aquele seriado terrível com o Homem de Aço, LOIS & CLARK! Interpretando uma modelo, então, ela conseguiu aparentar mais gostosura! Sua personagem é a mais complexa da trama. A moça que vive no glamour, sob os holofotes dos fotógrafos, rodeado de gente rica, e de repente se vê numa situação de insegurança, sem dinheiro e fugindo de "ninjas" com más intenções. É bacana o que Pyun faz com a personagem, quando ela está nas ruas tentando se esconder enquanto suas fotos estampam anúncios nas vitrines das lojas, nos outdoors, dando uma sacada visual muito interessante ao filme, justapondo o mundo abastado da modelo com a situação desesperadora atual que ela passa! Além disso, BRAIN SMASHER tem muito estilo no visual, é dark, com luzes azuis, bem anos 80 e a trilha de Tony Riparetti ajuda no climão.


Em conversas por email, Pyun já declarou seu amor por BRAIN SMASHER. É um de seus favoritos dentre os que realizou e pela movimentação da câmera e os enquadramentos inspirados isso fica evidente. Um filme B de mestre que precisa ser descoberto, e com ele, o talento deste diretor tão subestimado.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

NEMESIS

Final alternativo da ficção de ação, NEMESIS, lançado somente no VHS japonês.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

DOLLMAN é "Filme para Doidos"!

Texto do amigo Felipe M. Guerra sobre DOLLMAN, publicado em seu blog, FILMES PARA DOIDOS.
Clique aqui para ler.

TALES OF ANCIENT EMPIRE - Novo poster


Albert Pyun tem trabalhado bastante nos últimos meses em seu "épico" de fantasia TALES OF ACIENT EMPIRE e chegou a filmar várias novas cenas. Especialmente agora que coseguiu rechear o elenco com alguns astros do cinema classe B, do calibre de Olivier Gruner e Michael Paré! Estamos na expectativa pra saber quando teremos o prazer de assistir a esta nova produção do homem!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

REVIEW: CYBORG DIRECTOR'S CUT, aka SLINGER (1989)

Aqui vão as minhas primeiras impressões e idéias soltas sobre a versão do diretor de CYBORG.

Quem se interessar por mais informaçõs sobre essa director’s cut, eu recomendo este post, escrito pelo Osvaldo Neto há poucos meses. O fato é que desde as primeiras notícias a respeito da descoberta desta versão, eu não pude conter a animação de saber que teria, em algum momento, o prazer de assistir a este filme da maneira como o Albert Pyun imaginou em termos de montagem, atmosfera e trilha sonora. Já disse isso no meu texto sobre a versão de cimena de CYBORG, mas vale repetir que se trata de um dos filmes que mais marcou a minha infância e se hoje sou um grande fã de filmes de ação e artes marciais, CYBORG teve grande parcela de culpa.

Um detalhe importante é que o termo “director’s cut” não possui a mesma definição da qual estamos acostumados. Não é o trabalho de alguém que resolveu remontar o filme, nem pretende o relançamento comercial para substituir o “original”. Esta é uma versão de CYBORG praticamente em estado bruto, realizada antes dos execultivos retirarem das mãos do Pyun no processo de edição. Percebe-se até uma falta de acabamento em algumas cenas, além da imagem ruim, de VHS, sendo destinada somente para os verdadeiros fãs do filme e de seu diretor. E por isso, aumenta ainda mais o prazer de ter em mãos esta preciosidade.

Não vou fazer cerimônias pra comentar algumas diferenças entre as duas versões e vou soltar spoilers sem preocupações. Considerem avisados!

Depois de toda a história em relação à produção de MESTRES DO UNIVERSO 2 e HOMEM ARANHA, que vocês terão mais detalhes aqui, surgiu a idéia de fazer CYBORG, mas a princípio, o título seria SLINGER, que é a denominação utilizada para os personagens errantes do universo do filme, como é o caso de Gibson Rickenbacker, vivido pelo astro belga Jean Claude Van Damme. Nesta versão, não existe praga alguma devastando a população. Gibson persegue o vilão Fender (Vincent Klyn) por vingança, pura e simples, e nem se preocupa tanto com a tal cyborg sequestrada. Quanto a esta, a sua função no filme é carregar dados que vão ajudar a reestabelecer as redes elétricas deste futuro pós apocalíptico. Bom, ao menos é o que ela diz, mas descobrimos no fim que ela seus responsáveis possuem segundas intenções não muito amigáveis, dando ao filme um tom mais depressivo que já tinha.

Fender, na brilhante presença de Vincent Klyn, não muda muito. É a personificação do mal em todos os sentidos em ambas as versões, mas ganha um tom meio religioso aqui, como um enviado do diabo para trazer o caos, reforçado pela narração em off que não havia na outra versão. Aliás, a director’s cut ganha uma narração que permeia quase todo o filme e as palavras de Gibson dão ao personagem um interessante viés de samurai, algo que Pyun sempre declarou ter buscado para o sujeito.


A trilha sonora é um dos elementos que mais se diferencia do original. Eu gosto bastante da trilha de Kevin Bassinson, com destaque para as melodias suaves e tristes das cenas de flashback. Mas a que temos aqui, composta por Tony Ripparetti, parceiro de Pyun até hoje, é muito superior e se encaixa perfeitamente à narrativa, não apenas acompanhando as imagens, mas realmente dá ritmo e eleva a obra num patamar bem mais alto. 

Não há nada nesta nova versão que eu não tenha gostado, mas existem alguns detalhes dos quais eu prefiro na versão anterior. As cenas de flashback na director’s cut são objetivas e surgem antes cronologicamente falando em relação à versão para cinema. Por exemplo, quando chega a grande sequência da crucificação do Van Damme, já sabemos de toda a história entre ele e Fender. A própria cena da crucificação ficou mais curta, embora não menos brutal. No orignal, a conclusão dos flashbacks vinham no momento em que Gibson estava pregado na cruz, prolongando ainda mais a cena, deixando-a com uma carga dramática muito maior. Outra grande diferença é na luta final entre Fender e Gibson. Ambas são excelentes, na minha opinião. Mas a desta aqui, apesar de possuir uma idéia mais visceral, sua execução fica um pouco a desejar, poupa o espectador de mostrar a morte horrível de Fender, deixando as coisas na imaginação, provavelmente pelo baixo orçamento, mas o fato é que entre as duas, prefiro a original, que é mais longa e mostra tudo o que tem que mostrar.

De uma forma geral, acho que esta director’s cut se encaixa mais ao estilo de Albert Pyun naquele período. É mais sombrio e dá ênfase às suas peculiaridades estéticas e influências (Sergio Leone e os filmes de samurai). Já a edição dos produtores deu a CYBORG um aspecto de filme de ação de baixo orçamento como tantos que existem por aí, mas com um resquício criativo de um realizador cheio de personalidade. Reforço que ainda assim, de alguma forma, foi um dos filmes que mais me encantou durante a infância, justamente pelos vestígios deixados por Albert Pyun.

E pra ser totalmente franco com vocês, essa director’s cut não possui modificações gritantes em relação ao “original”, está bem longe de ser "outro filme". E o grande lance é que o material bruto das filmagens de CYBORG, totalmente realizado por Pyun, é muito bom e é o que realmente faz toda a diferença! Todas as grandes cenas antológicas que transformaram esta obra num clássico permanecem aqui.

Acho que se eu pegasse esse material e editasse a minha versão, seguindo a mesma trama, não tenho dúvidas de que seria capaz de fazer um bom filme! Mas são as mínimas nuances que diferenciam uma versão da outra que demonstram claramente a idéia mais autoral de Albert Pyun. E olha que CYBORG, do jeitinho que era antes, já era o meu filme preferido do diretor… essa versão chega apenas para definir não apenas essa minha opinião, mas para colocar CYBORG entre os meus favoritos do gênero!

Ao fim do filme, há uma menção sobre um futuro projeto que retornaria ao universo de CYBORG em uma nova produção. Talvez uma sequência ou uma pré-continuação… veremos no que isso vai dar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Director's Cut de CAPITÃO AMÉRICA sairá em Blu Ray!

Seguindo com mais um projeto de relançamento de seus trabalhos, nas versões em que foram inicialmente pensadas, Albert Pyun pretende lançar uma edição especial em Blu Ray de CAPITÃO AMÉRICA com direito a comentários em áudio!

É um dos filmes mais problemáticos do diretor, considerado por muitos um de seus piores trabalhos, embora alguns fãs tenham a cara de pau de defender o filme! Eu me incluo nessa! Adoro CAPITÃO AMÉRICA, mesmo sendo uma tranqueira de baixa qualidade. Mas, segundo as palavras do próprio Pyun: "Boy, my Captain America Director's Cut better kick some serious ass!".

TE CUIDA JOE JOHNSTON!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

TICKER Director's cut - primeiras imagens



Mais informações no post abaixo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Mais uma Director's Cut vindo por aí...

Pelo visto, a nova onda do nosso estimado diretor, Albert Pyun, é lançar algumas director’s cut dos filmes que lhe foram tomados no processo de edição pelas produtoras que financiavam seus trabalhos. Na verdade, isso aconteceu com a grande maioria de seus filmes... O fato é que há poucos instantes, Pyun noticiou no facebook o próximo título a ser lançado numa versão mais autoral. Depois de CYBORG e os rumores de ADRENALINA, chegou a vez de TICKER, thriller que tem no seu elenco Steven Seagal, Tom Sizemore e Dennis Hopper!

The next director's cut will be TICKER...the movie much hated by critics...fans and ME!! My Steven Seagal/Dennis Hopper/Tom Sizemore/Jaime Pressly and Nas action thriller. We are remastering the cut again from VHS but its is the last cut I made before Nu-Image took over the film in post, so its all I have unfortunately. This WILL have a scorching commentary. I think people will be shocked at how a good film was mutilated by greedy bastards. Albert

Fico curioso quanto a este, porque eu também considero TICKER um dos piores trabalhos do homem. Acho até que uma director's cut não salvaria a bomba, mesmo com toda mutilação feita pelos "executivos" da Nu Image! hahaha! Mas é esperar para ver e torcer para que saia algo interessante!

CYBORG - trailer

segunda-feira, 14 de março de 2011

REVIEW: CYBORG - O DRAGÃO DO FUTURO (1989)

Já que um dos principais assuntos envolvendo Albert Pyun atualmente é o seu director's cut de CYBORG - O DRAGÃO DO FUTURO (mais informações em alguns posts abaixo), vamos nos contentar por enquanto com um textinho sobre a sua versão mais conhecida mesmo, a que foi lançada nos cinemas, a que assisti ainda moleque em VHS, a mesma que comprei há algum tempo em DVD. Uma versão que mesmo retirada das mãos de seu criador no processo de edição, ainda concentra força suficiente para fazer a cabeça dos amantes dos filmes de ação casca grossa. Mas fica agora a ansiedade pela nova versão. Há notícias de que se trata de um filme bem diferente... é esperar pra ver.

CYBORG é mais uma variação do subgênero “pós-apocalíptico”; filmes em que vislumbramos o futuro da pior maneira possível, com suas grandes cidades destruídas por alguma catástrofe natural ou não, geralmente com um punhado de pessoas que já perderam a noção de humanidade tentando sobreviver ao caos, enfrentando as piores desgraças, agindo com violência, imoralidade e sem esperanças de uma vida melhor.

No futuro de CYBORG, a "peste" devastou com a população mundial e a esperança do que resta da humanidade é a segurança de uma cyborg detentora da cura e que precisa chegar a Atlanta, único local com estrutura para trabalhar com o material que provavelmente vai restaurar a ordem no mundo.

Mas existem grupos anarquistas que preferem deixar tudo como está. É o caso da gangue do maquiavélico Fender, que faz de tudo para impedir que a moça de lata chegue ao seu destino. Aí que entra o nosso herói, Gibson (sim, os nomes dos personagens são marcas de guitarras!), na pele do belga Jean Claude Van Damme, um mercenário que se propõe a ajudar, embora seja motivado por um instinto vingativo, rixa do passado entre ele e o Fender, o qual é muito bem explorado nos flashbacks do protagonista.

Dirigido pelo mestre dos B movies, Albert Pyun, o qual este blog lhe é reservado, nunca escondeu sua predileção pelo universo pós apocalíptico e cyber punk. Deve ter adorado trabalhar com todos esses elementos neste que é considerado o seu melhor filme. A principio, Pyun havia sido contratado pela Cannon para que levasse à telona o filme do Homem Aranha, ao mesmo tempo, filmaria ainda, para a mesma produtora, a continuação de MESTRES DO UNIVERSO, aquele filme onde temos Dolph Lundgren encarnando o He-Man. Sendo assim, foram construídos cenários, figurinos bacanas e todo o aparato necessário para as duas produções.

Sabemos que nenhum desses dois filmes chegou a ser filmado. Depois que a Cannon cancelou os projetos, Pyun apresentou uma história chamada SLINGER que evocava o universo dos samurais, mas inspirado pelo spaghetti western de Sergio Leone, cuja trama transcorre num mundo pós-apocalíptico que aproveitaria muito bem toda aquela estrutura já construída para os filmes cancelados. Seria filmado em preto e branco e teria uma estrutura de ópera... Bem, claro que o chefão da Cannon, Menahen Golan, cortou algumas ideias de Pyun, mas foi assim que surgiu CYBORG. No entanto, o filme ainda chegou a ser promovido na TV carregando o nome MASTERS OF UNIVERSE 2: CYBORG!

O filme é bem curto, não chega a uma hora e meia, mas a ação é constante. Difícil esquecer algumas cenas antológicas - Van Damme esparcado esperando seu oponente passar debaixo para dar o bote é genial. Aliás, toda a sequência que antecede a crucificação do protagonista e a maneira em que o personagem se livra da cruz com toda a fúria me marcou bastante há vinte anos atrás. Hoje ainda reserva grande força para quem embarca tranquilamente na trama e neste tipo de diversão.

Além de Van Damme (cujo sotaque na época ainda era um problema para Pyun), que se sai muito bem em cena, vale destacar o desempenho do grande Vincent Klyn, o vilão Fender, que possui uma puta presença ameaçadora e poderia muito bem ter sido melhor aproveitado no cinema. O único outro filme que não foi dirigido pelo Pyun que o ator participou (fizeram vários juntos) e que me vem à mente no momento é uma pequena participação em CAÇADORES DE EMOÇÃO, da Kathryn Bigelow (claro que deve ter feito outros, mas estou com preguiça de ir ao imdb pesquisar). A descoberta de Klyn é curiosa. Quando Pyun estava trabalhando no casting para a continuação de MESTRES DO UNIVERSO, o diretor foi ao Havaí procurar um ator que substituísse o Dolph no papel de He-Man e acabou encontrando, no meio de vários surfistas, Vincent Klyn. Pyun se impressionou tanto com aquela figura, que quando os projetos se transformaram em CYBORG, Pyun exigiu que Klyn fosse o vilão do filme... Daquelas escolhas simplesmente perfeitas. Pra mim Fender é uma das mais insanas, impiedosas e assustadoras representações do mal no cinema de ação de todos os tempos!

Eu posso estar sendo um nostálgico exagerado, mas CYBORG é um grande filme. Ótimo veículo de ação para o Van Damme, de quem eu nutro uma enorme admiração desde pequeno, muito bem dirigido pelo Pyun (ok, talvez eu esteja realmente exagerando!), ótimos cenários, atmosfera perfeita, efeitos especiais old school que chutam a bunda de qualquer CGI atual, trilha sonora marcante, etc e tal, mesmo sabendo que para a nova geração tudo isso não passa de uma tranqueira sem qualquer interesse... Uma pena.

Texto originalmente publicado no Dementia 13, com pequenas atualizações.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mais outra Director's Cut?

Por conta da recente descoberta da Director's Cut de CYBORG, os amigos e parceiros de Albert Pyun estão revirando garagens e depósitos na possibilidade de encontrarem outros cortes de filmes onde o realizador não teve a palavra final. Tudo indica que o ator Norbert Weisser (na foto, com Christopher Lambert e Natasha Henstridge) tenha uma VHS com o último corte de Pyun para os produtores de ADRENALINA. Segundo o diretor, a Dimension Films (aka Irmãos Weinstein) acabou com seu filme por conta das mudanças na edição, algo que explica o fato do filme se passar em Boston apesar da locação e os dizeres na roupa e carro denunciarem que ele foi filmado no Leste Europeu. Pyun informa que Boston não existe em seu corte.

Estou curioso, mas considero ADRENALINA um dos melhores filmes de Pyun. É bem diferente, atmosférico e sombrio, por isso tenho dúvidas se o novo corte irá manter essas qualidades. De qualquer maneira, torço para que ele seja descoberto.

Sinopse: "Boston, 2008. Radiação, crime e miséria tomaram conta do país e todas as fronteiras foram fechadas. Das ruínas desta civilização massacrada, surge uma criatura que mata por puro prazer. Metade homem, metade mutante, ele carrega dentro de si um vírus letal capaz de destruir a humanidade. Em seu rastro estão quatro policiais que descobrem a fúria do mutante ao se deparar com corpos mutilados espalhados por todos os cantos. Perdidos em um labirinto de horrores, eles correm contra o tempo para cumprir sua missão e salvar suas vidas."

Cena do filme:



CYBORG - The Director's Cut: Gibson vs Fender

segunda-feira, 7 de março de 2011

CYBORG - The Director's Cut


A partir de hoje, o blog Radioactive Dreams está de volta. Tivemos um hiato de meses sem atualização, mas tudo indica que eu e Ronald voltaremos com força em atualizações semanais. E para celebrar esse retorno, vamos falar sobre uma notícia que marcou a semana dos interessados em CYBORG e na obra de Albert Pyun: a descoberta de um corte do diretor que o próprio Pyun acreditava estar perdido.


Embora seja um dos títulos mais lembrados de sua filmografia, o realizador sempre faz questão de deixar claro que a versão de CYBORG lançada nos cinemas em 1989 pela Cannon não era o seu filme. Jean-Claude Van Damme odiou o corte de Pyun, o que fez o diretor sair do projeto e Sheldon Lettich (O GRANDE DRAGÃO BRANCO, DUPLO IMPACTO) entrar para trabalhar numa nova edição do filme que se tornaria a versão de cinema. A história dos bastidores da produção é tão insana quanto sua pós-produção, Pyun dirigiria uma continuação de MESTRES DO UNIVERSO (sim, o He-Man com Dolph Lundgren) e um live-action do HOMEM ARANHA que seriam filmados simultaneamente. Mas a Cannon estava passando por problemas financeiros e cancelou seus acordos com a Mattel e Marvel, proprietárias dos direitos, apesar de já terem gasto cerca de dois milhões de dólares com sets e figurinos.

Pyun teve de partir para fazer um filme diferente, se virando com o que tinham disponível mais um orçamento de menos de quinhentos mil dólares, contando com o salário de Van Damme. O realizador escreveu a trama da produção numa semana e logo em seguida, partiria para uma das filmagens mais caóticas de sua carreira. Em mais três semanas, o filme estava na lata. A pós-produção também não se mostrou uma experiência confortável. Pyun se mostrava disposto a realizar um filme de gênero mais experimental, sombrio, violento e operático, homenageando aos filmes de samurai e faroestes que ele cresceu assistindo. Essa proposta não era vista com bons olhos pela Cannon e Van Damme, claro. Apesar dos pesares, CYBORG, a versão de cinema, é um dos melhores filmes do diretor e um atestado do quanto pode ser prazeroso assistir a uma fita de baixo orçamento feito com paixão e criatividade.


Toda essa história foi contada para chegarmos ao início deste mês de março, quando o compositor e parceiro Tony Riparetti estava limpando seu depósito e foram encontradas duas VHS com o último corte de Pyun antes de Van Damme e Lettich tomarem conta da produção. Aliás, a produção nem era chamada CYBORG antes de seu lançamento e sim SLINGER, como podemos conferir na imagem abaixo.


A fita com o último corte é de propriedade de Pyun por conta de um acordo feito antes que ele saísse do projeto na pós-produção, ou seja, ele está livre para disponibilizar e explorar comercialmente. É nisso que Pyun está trabalhando desde o último dia 03 e na data de ontem, 06 de março, uma prévia foi disponibilizada aos fãs no Vimeo.



Uma das maiores diferenças entre as duas versões é a trilha sonora original de Tony Riparetti e Jim Saad no lugar da composta por Kevin Bassinson, que se continuar no nível do teaser será muito apreciada. Ela também será lançada em breve pela Howlin Wolf Records. Também foi informado que a duração total é de 88 minutos, que a voz de Van Damme está dublada, pois o ator estava ocupado rodando outro filme (não se sabe ao certo qual seria, KICKBOXER ou GARANTIA DE MORTE) e que Vincent Klyn será ouvido em sua própria voz, que foi dublada na versão de cinema. O corte também é mais violento, pois ainda não havia sido submetido para a classificação etária da MPAA.


Maiores informações sobre o lançamento podem ser obtidas através da Curnan Pictures (curnanpictures @ gmail com), na página oficial de Pyun no Facebook, Albert Pyun Movies e claro, aqui no Radioactive Dreams. Até a próxima!

PS: (07/03, 18:33) Acabei de saber através de Pyun que o vilão principal da DC não é Fender, mas Pearl Prophet. Ela e seu pessoal querem dominar o planeta. O novo corte se trata mesmo de um filme completamente diferente.

Making Of de NEMESIS (1992)