segunda-feira, 26 de maio de 2014

REVIEW: BAD BIZNESS (2003), de Albert Pyun & Jim Wynorski


Alguém conhece Bob E. Brown? Eu também não conhecia até ver seu nome nos créditos como diretor deste filme. Ali em cima eu coloquei os de dois grandes mestres do cinema de baixo orçamento americano, porque foram os verdadeiros realizadores. E vocês devem estar pensado, “Puxa vida! Pyun e Wynorski se reuniram para fazer um filme! Que maravilha”. Pois é, o que deveria trazer alegria aos fãs de filmes B, não passa de frustração para os apreciadores e também para a carreira desses dois diretores, principalmente a do Albert Pyun. Na verdade, isso aqui nunca chegou a ser uma parceria. O que aconteceu, de forma bem resumida, foi que Pyun realizou BAD BIZNESS para o produtor Andrew Stevens, que achou a maior porcaria que ele já tinha visto na vida! Cortou 45 minutos do que o Pyun havia filmado e contratou Wynorski para preencher os espaços em branco... pra quem viu o documentário POPATOPOLIS, sabe do que o homem é capaz. Em três dias Jim encerrou suas atividades tendo filmado mais da metade do filme.

Não saberia dizer o que ficou das filmagens do Pyun, mas tenho certeza que sei exatamente o que é 100% Jim Wynorski:




Desta mistura, Pyun + Wynorski, surgiu o pseudônimo Bob E. Brown. Ninguém quis ser o pai da criança, Wynorski não utilizou nem mesmo o seu pseudônimo habitual para casos deste tipo... O problema é que o trabalho milagroso de Jim não foi capaz de salvar a fita, que é um lixo completo! Olhando para a arte da capa do DVD, faz pensar que BAD BIZNESS é uma espécie de thriller urbano de ação, com este ator fazendo tipão “gangsta” e uma mulher gostosona com pose sexy. Mas eu garanto que isso tudo não passa de picaretagem das mais sem vergonha. O próprio nigga gangster que estampa a arte não aparece nem 5 minutos em cena... a boa notícia é que realmente existem várias mulheres gostosas fazendo pose sexy durante todo o filme, com e sem roupas (cortesia do velho Jim em seus três dias de filmagem). A má notícia é que mesmo assim o filme continua sendo uma merda.

Então podem esquecer o thriller urbano de ação, a trama é sobre um serial killer de mulheres que anda fazendo suas vítimas dentro de um luxuoso hotel em algum país tropical, onde os protagonistas, um casal seguranças do hotel, tentam resolver os crimes usando camisas havaianas. As cenas de investigação, suspense, diálogos e situações com algum propósito dramático são risíveis em todos os sentidos! Os atores não contribuem em nada também...


A única coisa que realmente segura um homem à frente da tela são as mulheres nuas. Não passa 10 minutos sem que haja uma cena de sexo, inclusive há uma sequência com a robusta Julie K. Smith, uma das minhas preferidas do cinema B. A única coisa a se elogiar em BAD BIZNESS é a beleza das atrizes em trajes mínimos, como temos logo no início um strip-tease com a bela Mia Zottoli... já atriz principal, Traci Bingham, não mostra seus atributos em nenhum momento, mas fica desfilando pelo filme com vestidos curtos, colados e decotados, isso quando não está com a habitual camisa havaiana...


Sei que estou parecendo um tarado, mas preciso confessar que eu sempre gostei de thrillers eróticos, desses que passava no Cine Prive da Band nos anos 90. Acho que eu era dos poucos adolescentes que assistia aos filmes sem me preocupar em apenas “trabalhar o braço”. Eu realmente gostava de seguir a trama! Bem, o que temos aqui em BAD BIZNESS é exatamente um thriller erótico saudosista, só que o único elemento a ser elogiado são alguns peitos de fora e as ceninhas de sexo mal fingido. De resto, o filme é um tremendo desastre que não faz juz a carreira do Winorsky, muito menos que a Pyun...

Publicado originalmente no blog Dementia 13.

Nenhum comentário: