domingo, 15 de abril de 2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Pyun fala sobre COOL AIR
"H. P. Lovecraft's Cool Air features great performances by Morgan Weisser, Wendy Phillips and Crystal Green who is really creepy and ultimately tragic in the film. I'm very proud of the movie, another that took years to finish. But its done and I think Lovecraft fans will love it and so will fans of creepy horror films like The Ring. "
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Clipe: "Always Wanted to Be a Ho" (1999)
A trilha sonora de AMEAÇA URBANA, CORRUPTO e ESQUADRÃO DA MORTE é composta pelo álbum 7TH DEADLY SIN, merecidamente reconhecido como um dos melhores discos da carreira do rapper e ator Ice-T. Os filmes formam uma trilogia urbana lançada por Albert Pyun em 1999/2000. Além de atuar e produzir os longas, Ice-T co-dirigiu junto a Pyun o clipe para a música "Always Wanted to Be a Ho".
O resultado da experiência pode ser conferido logo abaixo.
Como 1 é bom, dois é pouco e três é demais, deixo aqui de lambuja mais duas grandes faixas do disco para a sua curtição, nosso caro leitor mothafucka.
O resultado da experiência pode ser conferido logo abaixo.
Como 1 é bom, dois é pouco e três é demais, deixo aqui de lambuja mais duas grandes faixas do disco para a sua curtição, nosso caro leitor mothafucka.
domingo, 22 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
ENTREVISTA COM ALBERT PYUN
Depois de uma longa e desnecessária demora para publicar esta entrevista, que eu e o Osvaldo realizamos em 2010 com o diretor que este blog homenageia, finalmente está aí, totalmente traduzida para vocês. Espero que gostem! O RADIOACTIVE DREAMS volta da tumba oficialmente!
RADIOACTIVE DREAMS: Vamos iniciar falando um pouco de como você começou a sua carreira no cinema e a experiência de ter trabalhado com o lendário diretor Akira Kurosawa.
ALBERT PYUN: Fui levado ao Japão quando tinha 18 anos pelo astro japonês Toshiro Mifune, que havia assistido a um curta que eu fiz. Minha experiência com Kurosawa foi bastante limitada, porque eu não falava nem lia japonês, inclusive não consegui ler o projeto, DERSU UZALA, que seria estrelado pelo Sr. Mifune. Inicialmente eu fiquei um pouco perdido. Alguns dizem que eu ainda estou até hoje!
Quando o Sr. Mifune decidiu não fazer mais o filme, fui trabalhar em sua produtora, Mifune Productions, e me tornei assistente de câmera do grande Takao Saito, que fora diretor de fotografia de vários filmes de Akira Kurosawa. Ele e o Sr. Mifune foram os meus principais mentores. Também não falavam muito bem a minha língua, mas foram muito pacientes e abertos na hora de me ajudar a compreender o que estávamos filmando.
Eu acho que crescer assistindo aos filmes de Kubrick, Bergman, Truffaut, Lindsay Anderson foram de enorme influência, além das estilizações teatrais de Sergio Leone e alguns cineastas experimentais, como Jordan Belson e Stan Brakhage. Adoro os filmes que o Dennis Hopper dirigiu, assim como Hal Ashby, os primeiros filmes de Robert Altman, Nicholas Roeg, Ken Russel e Richard Lester. Mas Kubrick, Leone e Saito me ensinaram a importância da arte do enquadramento, da composição, das cores, equilíbrio. Como esses pontos são tão importantes quanto os diálogos, trilha sonora e edição. Eu adoro contar histórias e revelar os personagens através de composições visuais.
E filmes favoritos?
Quando eu era pequeno, POR UM PUNHADO DE DÓLARES, OS INCOMPREENDIDOS e 007 CONTRA O SATÂNICO DR. NO tiveram um grande impacto sobre mim. Depois, 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, UM HOMEM DE SORTE (Lindsey Anderson), OS TRÊS MOSQUETEIROS, de Richard Lester. E, estranhamente, JESUS CRISTO SUPERSTAR era um dos meus favoritos. Acho que vi mais de 50 vezes. Também havia os filmes de kung fu daquela época, do King Hu, por exemplo. COMBOIO DO MEDO, do Friedkin e A TRAMA, do Pakula. Adoro os desfechos desses filmes. Eu mesmo me peguei escrevendo roteiros com esse tipo de final. Trágicos e amargos. Gosto também de todos os filmes de John Cassavetes, como FACES, A MORTE DE UM BOOKMAKER CHINÊS e ASSIM FALOU O AMOR. Adoro também A TEMPESTADE (filme de Paul Mazursky estrelado pelo Cassavetes).
Seu primeiro trabalho como diretor foi uma aventura de fantasia chamada A ESPADA E OS BÁRBAROS. Por que começar com um filme que exigia um certo grau de recurso?
Naquela época, os filmes ainda tinham sua vida na tela do cinema, o pensamento era bem diferente de hoje. Você precisava fazer algo logo de cara para uma audiência ampla e não ficava pensando muito sobre orçamentos. Você simplesmente fazia o que gostaria de fazer e o orçamento chegaria de alguma forma. Talvez eu fosse até um pouco ingênuo, mas era assim que eu pensava também.
No elenco de A ESPADA E OS BÁRBAROS, temos um personagem, o vilão, interpretado por um ator que muitos fãs de filmes B adoram: Richard Lynch. Como foi trabalhar com ele?
Bom, para minha primeira experiência como diretor, ter Richard foi uma sorte grande! Um encanto de pessoa, mas às vezes era assustador por causa da sua intensidade e comprometimento em cada cena.
Seu filme seguinte foi VIAGENS RADIOATIVAS, seu primeiro trabalho com temática pós-apocaliptica. Seria Legal se você comentasse sobre sua fascinação por este universo.
Na verdade, eu realmente não tenho uma razão especial para gostar do tema pós-apocaliptico, mas sou sempre muito atencioso para situações humanas extremas e à dinâmica visual das paisagens. Eu acho que este universo é como um palco onde se pode explorar idéias totalmente libertas das convenções do mundo real. Onde tudo pode ser projetado e estilizado em torno de qualquer tema central.
Os dois protagonistas tiveram uma educação à base das novelas pulp de detetives. O gênero noir o influenciou quando escreveu o roteiro de VIAGENS RADIOTIVAS? E BLADE RUNNER?
As maiores influências foram THE MAN WHO FELL TO EARTH, WALKABOUT (ambos de Nicholas Roeg) e THE LONG GOODBYE (Altman). Mas um pouco de BLADE RUNNER, sim.
Ainda em VIAGENS RADIOATIVAS, você iniciou uma longa parceria que permanece até hoje com o grande compositor Tony Riparetti. Qual é o segredo para uma parceria tão duradoura entre músico e diretor?
Acho que observamos as coisas da mesma maneira. Respeitamos o talento um do outro e gostamos de colaborar. Tony é realmente um gênio. Fico com receio de prendê-lo de vez em quando porque ele poderia muito bem estar trabalhando em filmes maiores com orçamentos elevados.
E Como foi trabalhar com Menahem Golan na Cannon?
Divertido, louco… um ESTRONDO! Ele ama o cinema de uma forma excitante e contagiosa. É um bom sujeito. Para se ter uma idéia, você vai até ele para apresentar alguma idéia, seus olhos começam a brilhar e ele diz “Faça isso! Eu quero ver esse filme!”. Era ótimo para um jovem cineasta maluco como eu. O único filme que não consegui aprovação era um remake de JOHNNY GUITAR,com Mickey Rourke no papel título que Sterling Hayden interpretou no filme de Nicholas Ray.
CYBORG é considerado por muitos um de seus melhores filmes. O que você acha dele?
Eu tenho minhas dúvidas sobre o resultado. A versão final não é o filme que eu realizei, mas eu consigo enxergar porque as pessoas adoram. Espero que um dia a minha versão operística de CYBORG possa ser lançada.
Li que a sua intenção era filmar CYBORG como uma ópera, sem diálogos e em preto e branco. Uma idéia muito incomum. Você poderia nos falar sobre isso?
Em breve teremos o lançamento de algumas coisas que não me permitem discutir sobre esse assunto ainda. Em abril, junto com o lançamento de TALES OF AN ANCIENT EMPIRE*, haverá um extra de CYBORG saindo sob a batuta da MGM. Então, vamos conversar depois que estes extras tiverem sido lançados.
* TALES OF AN ANCIENT EMPIRE até hoje não foi lançado, nem mesmo os tais extras de CYBORG.
Como você encontrou Vincent Klyn? É difícil imaginar CYBORG sem a sua inesquecível performance como Fender, um dos grandes vilões dos filmes de ação dos anos 80.
Eu estava fazendo a escolha do elenco de MESTRES DO UNIVERSO 2 e fui ao Hawaii para encontrar um grande surfista chamado Laird Hamilton que substituiria Dolph Lundgren. Na reunião com Laird, Vince apareceu e me convenceu de alguma forma em deixá-lo participar do encontro. Eu acabei ficando impressionado com ambos. Quando MESTRES 2 foi cancelado, eu me lembrei de Vince.
Em alguns momentos de CYBORG, você trabalha com vários elementos do Spaghetti Western para compor a narrativa. Você se inspirou no gênero neste sentido?
Sim, eu realmente quis trazer o estilo cênico e dramático do Spaghetti para o gênero pós-apocaliptico. Adicionei também artes marciais, algo que não havia sido feito desta forma ainda. Acho que a mistura de artes marciais com Spaghetti Western realmente ajuda na construção de uma ópera futurista de violência.
E como foi trabalhar com Jean Claude Van Damme?
Foi muito bom, eu o considero um grande ator para aquilo que estávamos fazendo. O problema era seu sotaque, ainda muito carregado naquela época. Isso foi bastante complicado. Mas ele estava começando a se sentir confortável com o fato de ser o astro.
Estamos entrando nos anos 90 com sua adaptação de CAPITÃO AMÉRICA. Como o projeto chegou até você?
O roteiro estava circulando até que um dia Menahem me pediu para ler. Eu disse que havia adorado o script e lá fomos nós. Só que tivemos de correr contra o tempo porque os direitos autorais que Menahem tinha sobre CAPITÃO AMÉRICA estavam prestes a expirar.
Quais foram os desafios que você encontrou na realização de CAPITÃO AMÉRICA, um dos personagens ícones da cultura americana?
A primeira questão foi a ausência total de orçamento pra qualquer coisa. Menahen não foi capaz de fechar financiamentos. Outro problema era aquele figurino do herói. Foi muito difícil fazer a coisa funcionar da forma como queríamos com aquele traje.
Entre seus filmes mais famosos, CAPITÃO AMÉRICA é considerado um dos seus piores trabalhos. O que deu errado e qual a sua opinião sobre o resultado?
Bom, particularmente, a minha versão do diretor é muito melhor que a versão dos cinemas. Eu larguei o filme assim que as filmagens acabaram. Claramente, o que deu errado foi a completa falta de orçamento, difícil alcançar qualquer tipo de êxito em uma adaptação de quadrinhos desse porte sem dinheiro algum.
O que você acha da atual onda de adaptações de quadrinhos que o cinema vive? Você gosta de algum?
Sim, meus favoritos são BLADE e o BATMAN do Tim Burton*.
* Nossa, realmente bem atuais...
DOLLMAN é um dos seus filmes mais divertidos. Fale um pouco dos desafios de fazer um filme tão dependente de efeitos especiais, já que o personagem principal tem o tamanho de um boneco.
Bom, a chave foi o ator Tim Thomerson. Ele foi grande responsável por fazer tudo funcionar tão bem. Eu queria fazer um filme urbano, com um estilo realista, mas tendo esse pequeno policial alienígena no meio disso tudo. Pensei que era uma forma interessante de utilizar o orçamento que tínhamos e conferir se os efeitos de justaposição funcionavam bem.
Além de DOLLMAN, você também dirigiu ARCADE, também produzido por CHARLES BAND. O que você acha deste produtor/diretor que marcou o cinema B dos anos 80 e 90?
Eu gosto de Charlie. Ele é um cavalheiro e um sujeito criativo. Mas ele tem uma mania de controle. O negócio dele é controlar todas as produções sob o seu comando fazendo com que elas sigam uma específica concepção de marca e estilo. Mas eu nunca fui de aderir a nada, então tivemos alguns desentendimentos. Eu gosto de fazer filmes ao meu modo.
Fale um pouco sobre NEMESIS, que apresenta excelentes cenas de ação e refinadas composições visuais. Como foi fazer esse filme?
Foi ótimo! Ash Shah, o produtor, e eu éramos como duas crianças brincando com nossas criações. No entanto, eu saí do filme antes do corte final. Cheguei a começar uma versão melhorada de NEMESIS em 1999, chamado NEMESIS 2.0, mas nunca foi além dos primeiros 15 minutos, já que a empresa dinamarquesa que possuía os direitos de NEMESIS faliu.Vou liberar estes primerios 15 minutos gratuitamente nos extras do DVD.
O que acha de OMEGA DOOM e como foi trabalhar com Rutger Hauer? Você também o dirigiu em BLAST.
Bom, eu queria ter conseguido um orçamento melhor. A história original escrita por mim e Ed Naha se passava na Euro Disney e os personagens eram animatronics que restaram depois que todos os humanos haviam morrido. Mas tivemos que ajustá-lo ao orçamento. Trabalhar com Rutger foi desafiador e ao mesmo tempo fantástico. É um sujeito com muito talento e de inteligência aguçada. Realmente precisa estar cuidadosamente preparado para trabalhar com Rutger. Cada detalhe é fundamental pra ele e tudo precisa ser muito bem pensado.
Você mencionou em certa ocasião que MEAN GUNS é, dentre os filmes que dirigiu, o seu favorito. O que faz dele tão especial?
Pelo simples fato de que ele foi realizado exatamente do jeito que eu queria. Isso foi e ainda é muito gratificante.
O que achou de trabalhar com Christopher Lambert?
Acho que ele é um talento subestimado e que possui um carisma imenso. Eu gostei de trabalhar com ele e espero que suas atuações nos meus filmes sejam reconhecidas como algumas de suas melhores, porque nós tentamos, sob um curto tempo, fazer um bom trabalho. Christopher trabalhou dez dias em ADRENALIN: FEAR THE RUSH. E apenas três dias em MEAN GUNS.
Eu li em algum lugar que em CRAZY SIX recebeu uma trilha Sonora melhor do que o filme merecia. O que você acha deste filme em particular?
Eu não sei, foi uma situação complicada. Nós tinhamos um bom roteiro, situado na Chinatown de San Francisco e envolvia a Tríade. Mas o orçamento nos obrigou a filmar na Europa Oriental e acho que não tivemos êxito em transportar a história e personagens para lá.
CRAZY SIX tem Rob Lowe e Burt Reynolds no elenco. Como foi trabalhar com eles?
Trabalhar com Rob foi uma pequena surpresa. Ele é bem sério e intenso, o tipo de ator que entra no personagem e continua no personagem. Ele realmente se deixa penetrar por isso, posso dizer que ele não perdeu nenhum tempo naquele set sendo social ou descontraído. Rob estava sempre levando tudo a sério e trabalhando constantemente no seu personagem durante as cenas. Um bom sujeito e logo depois que as filmagens se encerraram, ele tornou-se esse cara tranquilo e agradável. É como se depois que aquele personagem sombrio fosse deixado para trás, surgisse uma outra pessoa completamente diferente.
Burt foi certamente o astro mais divertido com quem eu já trabalhei. Ele é tão experiente e já passou por tanto que ele se sente muito confortável em qualquer situação. Burt fez o trabalho de todos mais fácil, porque ele sabe o que é necessário ser feito. Ele consegue deixar o set mais leve e descontraído, mas basta alguém falar "ação" que ele entra no personagem. Nós filmamos todas as suas cenas em um longo dia. Tenho certeza que foi um dia que ele jamais irá esquecer (risos).
Ice-T e Mario Van Peebles também trabalharam em Crazy Six por apenas um dia. O que é incrível, claro, é que eu raramente tenho todos esses atores presentes juntos em uma cena. Geralmente eu filmo as cenas separadas de cada um e então consigo juntá-los no mesmo cenário graças à edição.
CRAZY SIX tem Rob Lowe e Burt Reynolds no elenco. Como foi trabalhar com eles?
Trabalhar com Rob foi uma pequena surpresa. Ele é bem sério e intenso, o tipo de ator que entra no personagem e continua no personagem. Ele realmente se deixa penetrar por isso, posso dizer que ele não perdeu nenhum tempo naquele set sendo social ou descontraído. Rob estava sempre levando tudo a sério e trabalhando constantemente no seu personagem durante as cenas. Um bom sujeito e logo depois que as filmagens se encerraram, ele tornou-se esse cara tranquilo e agradável. É como se depois que aquele personagem sombrio fosse deixado para trás, surgisse uma outra pessoa completamente diferente.
Burt foi certamente o astro mais divertido com quem eu já trabalhei. Ele é tão experiente e já passou por tanto que ele se sente muito confortável em qualquer situação. Burt fez o trabalho de todos mais fácil, porque ele sabe o que é necessário ser feito. Ele consegue deixar o set mais leve e descontraído, mas basta alguém falar "ação" que ele entra no personagem. Nós filmamos todas as suas cenas em um longo dia. Tenho certeza que foi um dia que ele jamais irá esquecer (risos).
Ice-T e Mario Van Peebles também trabalharam em Crazy Six por apenas um dia. O que é incrível, claro, é que eu raramente tenho todos esses atores presentes juntos em uma cena. Geralmente eu filmo as cenas separadas de cada um e então consigo juntá-los no mesmo cenário graças à edição.
No fim dos anos 90, muitos rappers estrelaram seus filmes. Conte-nos como foi isso.
Essa é uma das lembranças mais dolorosas que eu tenho da minha carreira. Eu filmei alguns filmes urbanos com esses caras na Europa, mas vários rolos de filme foram perdidos pela Air France no transporte de volta para os Estados Unidos. Então resolvi finalizar todos eles apenas com a metade do que havia sido filmado de cada um.
É difícil de acreditar que você teve apenas um dia de filmagem com Dennis Hopper em TICKER. Seu personagem é bem construído e aparece em vários lugares diferentes. Como foram as filmagens, que ainda possui no elenco Steven Seagal, Tom Sizemore, Kevin Gage, Peter Greene e Ice-T?
Bom, o elenco era ótimo, mas TICKER foi uma bagunça financeira desde o início. E nós entramos com o orçamento de produção que foi cortado pela metade faltando uma semana para começarem as filmagens. Eu precisaria de um livro pra explicar como foram as filmagens desse filme maluco. Adorei o elenco, mas odiei a produção.
Existe um grupo de atores de apoio que você gostar de trabalhar: Norbert Weisser, Scott Paulin, Thom Mathews, Vincent Klyn, Tim Thomerson, Yuji Okumoto, Jarhi J.J. Zari, que aparecem em muitos dos seus filmes, especialmente o Weisser. É mais fácil trabalhar com eles?
Sim, é bem mais fácil e eu adoro trabalhar com todos eles. Eles acrescentam uma base sólida que facilita a vida dos novos atores quando eles trabalham nas loucas situações em que eu os coloco (risos).
Com quais atores você gostaria de trabalhar algum dia?
No momento eu estou ansioso para trabalhar com a Victoria Maurette nas filmagens de finalização de TALES. Ela é genial, na mesma linha de Rutger Hauer. Muito inteligente. Fico feliz por poder trabalhar com ela. É uma atriz muito talentosa, profissional, e tem tudo para se tornar uma estrela.*
* Passados dois anos, TALES ainda não foi lançado comercialmente e não sabemos como é a atuação de Victoria.
Espero que não fique chateado com este pedido, mas você poderia falar um pouco da produção de MAX HAVOC: CURSE OF THE DRAGON?
Bom, acho que existem tantas histórias e mentiras sobre esse assunto que fica difícil comentar, mas posso dizer que quando ainda estava envolvido com o filme, o elenco e a equipe estavam empenhados em fazer o melhor possível. O problema é o que aconteceu antes de começarmos a filmar e que criou uma situação muito difícil para a produção. Os produtores começaram meter o dedo e fomos impossibilitados de usar a equipe original e não poderíamos utilizar os equipamentos da forma que precisávamos. Criou uma situação ruim com a produção e, novamente, faltou a consistência financeira por parte do produtor.
O que mais me entristece nessa situação é como a internet tem permitido que mentiras se espalhem e tornem-se descontroladamente uma espécie de verdade. Chegaram a rolar boatos de que nós teríamos ficado com o dinheiro fornecido pelo governo de Guam - eu não vi nem a cor do dinheiro quando estávamos em Guam. Estávamos aquém do orçamento. Parece que Guam fornece algum tipo de incentivo para compensar custos adicionais de filmagens. Mas é muito difícil pra mim acreditar que chegou a ser emitido, dadas as circunstâncias da situação que estávamos.
A própria imprensa participa nesta controvérsia, porque está corrompida. Vendem primeiro a história, para obter os fatos depois. Isto demonstra o quão cruel o mundo se tornou. A maioria das mentiras vem das três ou quatro pessoas que haviam me demitido e eles me culpam por seus problemas. A internet deu-lhes uma arma para conseguir alguma vingança mesquinha. Isso é revoltante.
Fico feliz apenas por estar chegando no fim da carreira, porque se estivesse no ínicio teria desistido da profissão há muito tempo.
Como surgiu a idéia das filmagens de INFECTION, que foi realizado inteiramente com apenas um plano sequencia?
Não sei. Por vários anos eu fiquei brincando com planos longos, ação contínua. ADRENALIN foi uma espécie de ensaio deste conceito. Então eu estava dirigindo uma noite em uma longa viagem e eu comecei a ter algum tipo de visão. Falei com Cynthia Curnan sobre as idéias e ela já havia tido algumas idéias semelhantes e que se passava num desfiladeiro isolado do Topanga Canyon, norte de Los Angeles. Ela desenvolveu um roteiro maravilhosamente inventivo e assustador. O filme foi rodado em apenas uma noite e fizemos cinco tentativas. A última foi a que deu certo.
Por que escolheu a Argentina para realizar LEFT FOR DEAD? E o que acha do corte final?
Eu fui entrevistado por um escritor argentino chamado Nicanor Loreti para uma revista publicada em Buenos Aires. Nós continuamos a falar e ele disse que o movimento de filmes independentes em Buenos Aires estava crescendo muito. Isso me animou bastante. Continuamos a manter contato até que decidi que seria perfeito filmar ali e realmente foi. Filmamos por 11 dias com uma equipe e elenco argentino. Todos artistas de extraordinário talento.
Eu gosto do corte final, mas foi um pouco complicado, porque tentávamos diferentes abordagens com enredo e nunca ficava resolvido de maneira satisfatória. Mas na edição especial de BULLETFACE, eu adicionei um CD de bônus contendo LEFT FOR DEAD: INFERNO*. É uma nova versão de corte para o filme, inspirado nos nove círculos de sofrimento do Inferno de Dante.
*Tenho essa versão de LEFT FOR DEAD, mas ainda não assisti (Perrone).
Que tipo de filme você faria se tivesse em mãos um orçamento de 30 milhões de dólares?
Um filme?! Eu faria 30 filmes de um milhão de dólares! Mas seu pudesse gastar 30 milhões de dólares em um único filme, eu gostaria de fazer um épico definitivo pós-apocalíptico cyber punk. Um encontro entre filmes de samurais com O RESGATE DO SOLDADO RYAN ambientado num cenário pós-apocalíptico!
O que você acha do atual cenário do cinema fantástico? Algum filme recente que te interessa?
Hmm… Preciso pensar sobre isso. Cinema Fantástico. Provavelmente, dos filmes atuais, gostei muito de DOMINO, do Tony Scott, que não deixa de ser fantástico na minha opinião (com aquela narrativa estranha e surreal) e DISTRITO 9.
Apesar de ser um diretor de filmes de baixo orçamento, você chegou a receber alguns prêmios. Acha isso importante para sua carreira?
Bem, isso é legal porque coloca uma certa atenção em seus filmes. Às vezes, alguns filmes que você faz ficam esquecidos, então algum tipo de premiação pode evitar esse tipo de coisa. Pessoalmente, eu não me importo com a atenção. Passei metade da minha vida não sendo muita coisa aos olhos do público e nem promovi meus filmes como deveria. INFECTION mudou um pouco isso.
O que podemos esperar de TALES OF AN ANCIENT EMPIRE?
Sangue, violência, nudez e muita diversão!
Você já possui algum novo projeto à vista?
Mais detalhes em abril*, mas sim! Será em 3D, um musical na linha de MOULIN ROUGE sobre um romance entre vampiros. Espero que Victoria Maurette aceite estrelar novamente, assim que ela estiver com o roteiro em mãos.
*Abril de 2010. Até hoje, a única vez que soubemos algo sobre essa idéia foi nessa entrevista.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Interview with Albert Pyun
RADIOACTIVE DREAMS: Let’s start talking a little about how did you started your movie career and the experience of working with legendary director Akira Kurosawa.
ALBERT PYUN: I was brought to Japan when I was 18 by Japanese superstar Toshiro Mifune, he saw a short film I had done. My experience was limited with Kurosawa because I couldn't speak or read Japanese and the project, Dersu Uzala, was going to star Mr. Mifune. I was a bit lost initially. Some would say I still am!
When Mr. Mifune decided not to do it, I went to work at his Mifune Productions, becoming assistant cameraman to the great Takao Saito, who was the DP on a number of Kurosawa's films. He was, with Mr. Mifune, my principal mentors. Neither spoe English but they were very patient and open in helping me understand what we were shooting and why.
What are your major influences?
I think growing up the films of Kubrick, Bergman and Truffaut, Lindsay Anderson were big influences along with the theatrical stylizations of Leone and some of the more experimental filmmakers like Jordan Belson and Stan Breckenridge. I enjoyed Dennis Hopper's film a lot as well as Hal Ashby, Robert Altman's early films, Nicholas Roeg, Ken Russell and Richard Lester. But Kubrick, Leone and Saito taught me the importance and the art of the frame. Composition, color, balance. How they are as important as dialogue, music and editing. I really love telling story and revealing character thru the frame.
Your favorite movies and directors?
When I was really young A Fistful of Dollars, 400 Blows and Dr. No made huge impacts. Later 2001: A Space Oydssey, O' Lucky Man, Brewster McCloud, The Long Goodbye, The Three Musketeers by Richard Lester. And weirdly, Jesus Christ Superstar was a big favorite of mine. I've seen it more than 50 times I think. Maybe some of the King Fu films of the time. The King Hu films. William Friedkin's Sorcerer and Pakula's Parallax View. I loved how those films end their journey. I find myself drawn to scripts with that sort of ending. Tragic, doomed and bittersweet. Loved all the John Cassevetes films like Faces, Killing of a Chinese Bookie and Minnie and Moskowitz. LOVED the Tempest.
Your first movie is a fantasy adventure called The Sword and The Sorcerer. Why start with a movie that depends of a certain degree of resources? What where the main challenges?
Back then, movies had to have a theatrical life, so the thinking was different than today. You had to make something for a wide audience and you really didn't think as much about budget. You made what you wanted to make. At least that was my thinking. Who knows, maybe I was too naïve.
In the cast of The Sword and The Sorcerer, we have a character actor that many B-fans are in love: Richard Lynch. How was working with him?
Well, for my first experience as a director, Richard was a handful! A delight but sometimes scary because of his intensity and commitment to each moment in a scene.
Your next movie was Radioactive Dreams, the first one with post-apocalipctic themes. It would be great to hear about your fascination about this universe.
I don't really know why I do. But I am drawn to the extreme human situation and the dynamic landscape visually. I think its like a stage where you can explore ideas freed from the conventions of a real world. Where everything can be designed and stylized around a central theme.
The noir genre have influences when you started writing the script for Radioactive Dreams? And Blade Runner?
The biggest influences were The Man who Fell to Earth, Walkabout and The long Goodbye.
Still on Radioactive Dreams, you started a long partnership that stay alive until today with a great music composer called Tony Riparetti. What is the secret of a so long partnership between musician and director?
I think we see things the same way. We respect each other's talent and we enjot collaborating. Tony is really a genius. I fear sometimes I've held him back because he could be working on larger films with bigger budgets.
How was to work with Menahem Golan of Cannon?
Fun. Crazy. And LOUD! He loves movies and the whole movie world and that was exciting and infectious. A good man. You got an idea, you went right to him and pitched it. His eyes would light up and he'd say “Go make it! I want to see that movie!”. He was great for a young crazy filmmaker like me. The only movie I regret not getting made there was a remake of Johnny Guitar with Mickey Rourke in the Sterling Hayden title role.
Cyborg is considered your best movie. What do you think about it?
I'm conflicted about it. The released version isn't the movie I made but I can see why people love it. I hope one day to get my operatic version of Cyborg out.
I read about your intention of shooting Cyborg like a opera, without dialogues and black & White. A pretty unusual idea, could you tell us a bit more?
There will be something coming out that I can't discuss yet. In April, in conjunction with the release off Tales, there is a Cyborg goodie coming with MGM's blessing. So let's talk after that goodie is released!
How did you find Vincent Klyn? It’s hard to imagine Cyborg without his unforgettable perfomance as Fender, one of the great villains from the 80’s action cinema.
I was casting Masters of the Universe 2 and went to Hawaii to meet with a big wave surfer named Laird Hamilton to replace Dolph. At the meeting with Laird, Vince somehow convinced him to let him tag along. I was impressed with both. When Masters got cancelled I remebered Vince.
In some moments of Cyborg, you bring several elements from the Spaghetti Westerns to compose the narrative. Do you have some influence of the subgenre on this sense?
Yeah, I wanted to bring that theatrical style and drama to the post apocalypse genre. Adding martial arts as well which hadn't really been done either. I thought martial arts and spaghetti stylization really lent themselves to a futuristic opera of violence.
How was working with Jean Claude Van Damme?
He was a great. I struggled with his accent which was still quite thick. That was difficult. He was still just getting comfortable with being a lead.
We entered in the 90’s with your adaptation of Captain America. How the project became to you?
It had been bouncing around and one day Menahem asked me to read. I told I loved the script and off we went. There was a clock running because Menahem's rights to Capt america were about to expire.
What were the main challenges and how was to deal it with such a icon character of US culture?
The first issue was lack of funding throughout. Menahem was never able to close his financing. And the second was the costume. The costume was tough to make work in any sort of real way.
Between your most famous movies, Captain América is considered one of your worses. What became so wrong and what is your opinion about it?
Well, my director's cut is much better than the released version – in my opinion. I left the picture when it was still in post. Clearly what went wrong was lack of funding and a budget. Hard to get around having no money on a comic book movie. It erodes the quality quickly.
What you think about the actual comic adaptatons? Do you like of some of them?
Yeah. My favorites are Blade and Tim Burton's Batman.
Dollman is one of your funniest movies. Talk a bit about it, about the challenge of doing a movie so dependant for tricks and special effects, since the main character have the size of a doll.
Well, the key is Tim Thomerson. Everything springs from him. I wanted to do a gritty urban film in a sort of verite' style with this odd tiny alien cop in the middle of it all. I thought that was an interesting way to make the budget work for us and I wanted to see if the juxaposition could work.
Besides Dollman, you also made Arcade, another movie produced by Charles Band. What do you think about this producer/director whose movies marked the B-cinema from 80’s and 90’s?
I like Charlie. He's a charming and creative guy. But we never saw eye to eye on the films. He's much more use to controling the movies and rightfully so. He wants them to adhere to his specific concept of brand and style. But I was never one to adhere to anything so we had some disagreements. I just like to make the movies my way.
Let’s talk about Nemesis, which features great action scenes and some striking visual compositions. How was working on this movie? A hell of a cast you bring to this, by the way.
It was great. Ash Shah, the producer, and I were like two kids creating wild meyhem. I left the film after the rough cut however. I was nudged out the door. I started on a CGI enhanced version of Nemesis in 1999. It was called Nemesis 2.0 but we never got beyond the first 15 minutes before the studio that owned the Nemesis name went bankrupt in Denmark. I will release this first 15 minutes for free on DVD as a bonus.
What do you think of Omega Doom and how was to work with Rutger Hauer, who you also directed on Blast?
Well, I wished we had a larger budget. The original script by Ed Naha and I took place in Euro Disney and the characters were the remaining animatronics left after all humans had perished. But we had to adjust to the budget. Rutger was challenging and envigorating to work with. So much skill and talent backed with keen intelligence. You really felt you had to be throughly prepared and at the top of your game when working with Rutger. Every beat was critical to him and thought through.
We read you mentioning Mean Guns as your favorite movie as director. What makes him so special?
For the simple reason it was released almost exactly the way I wanted it. That was and is so satisfying.
What do you think of Christopher Lambert and how is to work with him?
I think he's an underappreciated talent who has once in a generation charisma. I adored working with him and I hope his performances in my films rank as some of his better because we really tried, under a short schedule, to do good work. Christopher worked 10 days on Adrenalin: Fear the Rush. And only 3 days on Mean Guns. I'll discuss Christopher and Tales as we get close to release in April.
We also read somewhere on Crazy Six that the soundtrack is better than it deserved. What do you think of this particular movie?
I don't know it was a weird situation. The script was set in San Francisco's Chinatown and the triad and was quite good. But budget forced us to Eastern Europe and I don't think we successful reset the story and characters to Eastern Europe.
How was working with Rob Lowe and Burt Reynolds?
Working with Rob was a bit of a surprise. He works very intensely and seriously. He is the type of actor who tends to become the character and stay in character. He really reaches deep within himself. He didn't waste anytime on this set being social or relaxed. He was always serious business and constantly working on his character within the scene. A very nice man and after the shooting was done, he was suddenly this funny and light person. Like once the dark character had been lifted there was this whole other person to emerge.
Burt was certainly the funniest star I've ever worked with. He's so experienced and has been through so much that he is very comfortable with any situation. He made everyone's job easy because he knows what
each is needed to do. He keeps the set light and relaxed but once "action" is called he really transform into the character. We had to shoot all his scenes in one long day. I'm sure it was a day he'll never forget -lolol.
Ice-T and Mario Van Peebles also worked in Crazy Six for just one day. What's amazing of course is how rarely I ever have all the actors in a scene present together. Usually I shoot each separately and then cut
them together later.
On the end of the 90’s, many rappers appeared on your movies. What was the reason of it and how was to working with them, specially Ice-T, who did not only one, but six movies with you.
I wanted to try to make an urban movie but the three I made had half of each film lost by Air France on their shipping back to the US. So we had to make all three films with just half the footage shot for each movie. Its was a bitter and painful memory.
It’s hard to believe you only had one day with Dennis Hopper while doing Ticker. His character gets well featured on it, appearing in several locations. How was doing his scenes and the shooting of Ticker, along with Steven Seagal, Tom Sizemore, Kevin Gage and Peter Greene? What do you think of the movie?
Well the cast was good. But it was a financial mess at the start and we went into it with the production budget getting cut by half a week before we started shooting. I'd need a novel to explain what happened on that crazy movie. Loved the cast, hated the studios.
There is a group of actors you seem to love working with: Norbert Weisser, Scott Paulin, Thom Mathews, Vincent Klyn, Tim Thomerson, Yuji Okumoto, Jarhi J.J. Zari who appeared in a lot of your movies, specially Weisser. It’s more easy to work with them?
Sure its easier and I enjoy working with them. They add a solid foundation so its easier for the new actors working in one of my crazy situations.
What actors did you would like to work someday?
Right now, I'm looking forward to working with Victoria Maurette on this last bit of Tales shooting. She's a genius along the lines of Rutger. Very intelligent. I feel fortunate to be able to work with her. She's such a talented actress and professional. I think she brings a real star charisma to her roles, commands the screen and you just know instantly she's the star.
I hope you don’t get upset about this request, but you can talk a bit about the production story of Max Havoc: Curse of the Dragon?
Well, I think there are so many stories and untruths about it. I can only say when I was involved that the cast and most of the crew were totally committed to making the best film possible. There are a lot of things that occurred before we started that created a very difficult situation for the production. We were faced with not being able to bring the original crew in when we thought we could, we couldn't ship equipment in they way we needed to. It was just an unfortunate production situation and there, again, was no consistent funding by the producer. People say we had all this money from Guam – I never saw any of it when we were in Guam shooting. We were way short of funding. I can't speak of this loan guarantee mess because I left the film before it was made and written out. I did testify that Guam should provide some kind of incentive to make up for all the additional costs of shooting on Guam because it lacked necessary infrastructure. But it is very hard for me to believe that it was issued given the circumstances. I never saw any financial statements or any of legal paperwork and was not involved with the bank either. But looking outside in, it didn't seem like a guarantee would be approved and certainly not for $800,000 which was in excess of the film's Guam production costs.
The main thing I take away from that whole sad situation is how the internet has enabled lies and slander to become wildly spread as some sort of truth. Even the press participates in this because everything is controversy driven. Sell the story first, get the facts later if at all. Its showed me just how vicious the world has become. Most of the lies have come from three or four people who I have fired or had been fired due to illegal actions and they blame me for their misfortunate. The internet has given them a weapon to get some petty revenge. Its disturbing.
I'm glad I'm at the end of my career rather than the beginning if this is where everything is headed.
How became the idea for doing Infection and the shooting of this film, that was entire shot from a single take?
I don't know. For years I've been toying with a long take, continuous action movie. Adrenalin was sort of a test of that concept in a way. Then I was out driving one night on a long drive and I started halluncinating a bit. I spoke to Cynthia Curnan about it and she had a similar sort of idea brewing about a isolated canyon she lived in. Topanga Canyon north of Los Angeles. She took the ideas and created a wonderfully inventive and creepy script. The film was shot in one night and we tried five takes but only complete one continuous take and that was the last take.
Why did you choose Argentina to make Left for Dead? Do you liked the final cut?
I was interviewed by a Argentine writer named Nicanor Loreti for a magazine published in Buenos Aires. We kept talking and he said there was a growing independent film movement in Buenos Aires. That excited me. We kept talking until I decided it would be perfect and it was. We shot it in 11 days with an all Argentine cast and crew. All extremely talented artists.
I liked the final cut but it was a little clumsy because we kept trying different approaches with the story set up and never staisfactorily rsolved the issue. But I think I have in the free bonus DVD I added to the Bulletface DVD release. Left For Dead: Inferno. It's a recut based on Dante's Inferno's nine circle's of suffering.
What kind of movie you would do if you had 30 million dollars of budget?
Movie, heck I could make 30 one million dollar movies! But if I could spend $30 million I'd like to make the ultimate post nuke cyber punk epic. A sort of samurai movie meets Saving Private Ryan set in a post nuke landscape.
What do you think about the modern fantastic cinema? There is some recent movies you liked and found interesting?
Hmm. Have to think about that. Fantastic cinema. Probably recently I liked domino by Tony Scott which is fantastic (odd and adventurous) and District 9.
Besides being a director of low budget movies, you already received some awards. Do you find them relevant for your career?
Well, its nice because it puts attention on the films. Some of mine have been forgotten a bit so the awards spotlight them. I personally dont care for the attention. I've spent most of my life not being much in the public eye nor have I promoted my films very much. Invasion (Infection) changed that I think.
What we can expect from Tales of an Ancient Empire?
Blood, violence, nudity and FUN!
You already have a new project in sight?
More in April! But yes, a 3D musical like Moulin Rouge about a vampire romance which I hope Victoria Maurette will agree to star in once she gets the script.
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