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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

domingo, 1 de agosto de 2010

REVIEW: DOLLMAN (1991)


Embora seja mais uma dentre tantas produções dirigidas pelo Albert Pyun que sofre as duras penas por conta do baixíssimo orçamento, DOLLMAN teve a incrível façanha de ser um de seus poucos filmes que conseguiu reunir perfeitamente as ideias mirabolantes da cabeça do diretor com um bom resultado visto na tela. Ainda bem, porque isso é crucial neste aqui. Se esses detalhes não funcionassem, seria quase impossível engolir a história do policial alienígena que possui o tamanho de um boneco de ação no nosso planeta.

Tim Thomerson, trabalhando pela primeira vez com Pyun, encarna Brick Bardo, o tal personagem minúsculo. O sujeito é o típico policial casca-grossa que estamos acostumados a ver em filmes dos anos 80 e 90, que age por conta de suas próprias regras, com a pequena diferença de que é um extraterrestre. Ao perseguir alguns meliantes de seu planeta, Bardo acaba parando na Terra, onde ele não passa de um tiquinho de gente com 30 cm de altura! Mas isso não impede que seu lado durão se abale e com sua arma ultra potente – que explodia corpos inteiros no seu planeta, em pessoas com estatura normal para ele – faz um belo estrago na bandidagem da Terra.


E um dos seus principais inimigos de Bardo por aqui é vivido por ninguém menos que Jackie Earle Haley em início de carreira, já demonstrando certo talento. Vincent Klyn, o eterno Fender de CYBORG, também marca presença como um dos vilões, como não poderia ser diferente. Todo o elenco é bem competente, mas é impossível tirar os olhos do protagonista. Tim Thomerson carrega o filme nas costas, apesar do tamanho, com uma atuação excepcional!

DOLLMAN foi a primeira parceria do diretor Albert Pyun com a Full Moon, de Charles Band, produtora que sempre trabalhou com pouco recurso, mas com muita criatividade e excelentes resultados. Aqui não é diferente. Embora Pyun reclame que Band seja um produtor muito controlador, o diretor demonstra bastante eficiência em tentar tornar crível a situação do protagonista, seja com os enquadramentos, os ângulos que transformam Thomerson num bonequinho, posicionamento de câmeras e até mesmo no uso efeitos especiais e trucagens.


Além disso, Pyun tem sempre grandes sacadas para manter o ritmo frenético em DOLLMAN com bons momentos de ação e um humor sarcástico. Várias cenas são impagáveis, sequências realmente difíceis de acreditar e que só poderiam ter saído da cachola do diretor, como o pequenino herói pendurado num carro dos bandidos, por exemplo, ou as trocações de tiros com os meliantes, e até o confronto com um rato ao entrar pelo cano, literalmente...

DOLLMAN é daquelas obras feitas sob medida para os fãs assíduos de uma boa tralha de baixo orçamento, que obviamente o espectador normal deverá achar uma perda de tempo. Azar o deles. Trata-se de um dos melhores e mais divertidos filmes do diretor.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

REVIEW: NEMESIS (1993)


Nemesis é um dos filmes mais divertidos do Pyun e me chamou muito a atenção pelo tratamento visual de algumas cenas e pelas várias sequências de ação de tirar o fôlego, muito bem dirigidas e coreografadas. O diretor retorna aos temas futuristas, cenários pós apocalípticos com estética cyberpunk e a presença de cyborgs ocupando seus espaços. São elementos que obtiveram bons resultados em outros filmes do Pyun como em Cyborg e Viagens Radioativas (que só não me lembro de haver cyborgs, mas o resto...).

A trama já possui certo grau de complexidade que por si só deixa o espectador interessado, ou confuso. Olivier Gruner – que é um robô na vida real – vive Alex Rain, um policial que peleja, no ano de 2027, contra uma organização terrorista que perturba a sociedade, que já não é lá muito tranquila neste período. Ferido diversas vezes, Alex é metade humano e metade máquina, mas ainda é capaz de salvar um cãozinho indefeso quando é preciso. Mas decide se aposentar e conviver com suas dualidades sossegado num canto qualquer. Mas se isso realmente acontecesse, não teríamos o filme, então o chefe de policia determina uma última missão a Alex e para obrigá-lo a realizar tal tarefa, eles implantam uma bomba perto de seu coração. Aí não tem escapatória. Mas à medida que realiza a missão, o nosso herói descobre que está envolvido em uma conspiração cujo objetivo é a conquista do mundo pelas máquinas, e que os terroristas que ele passou a vida exterminando estão, na verdade, lutando pela raça humana!!!

E as referências são bem diversificadas, vai de Blade Runner e Fuga de Nova York à Exterminador do Futuro, com direito a esqueleto metálico em stop motion azucrinando a vida do protagonista. Mas Nemesis também pode se orgulhar por ter influenciado a estética de alguns filmes futuristas, principalmente o figurino bem ao estilo Matrix, com os sobretudos, óculos escuros, ternos pretos, roupas de couro...

O elenco é ótimo. Além do Gruner, temos Tim Thomerson, Cary-Hiroyuki Tagawa, Vincent Klyn, Brion James, e até mesmo uma pequena participação de um jovem Thomas Jane, apanhando de mulher nua, a gata Deborah Shelton.

Sobre as sequências de ação, temos o inicio do filme, os primeiros 15 minutos, que é um dos melhores momentos da carreira do Pyun, um tiroteio frenético muito bem filmado e editado num cenário magnífico. É um trabalho muito interessante que se sobressai ao restante do filme, que nunca consegue atingir o mesmo nível, uma pena. Ainda assim, Pyun não deixa a peteca cair. O seguimento que transcorre no hotel também é bacana e temos Olivier Gruner atravessando o chão fazendo burados com sua metralhadora, como nos desenhos animados. O final até que é legal com um sinistro Tim Thomerson seguindo Gruner e sua parceira por uma floresta em volta de um vulcão, mas não sei, o futuro da humanidade sendo decidido à beira de uma cachoeira é uma coisa feia. Prefiro muito mais os prédios tombados, a atmosfera de destruição e o cheiro de concreto queimado do inicio do filme. Mas tudo bem, o que importa é que Nemesis é divertido pacas!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Dollman review

Resenha escrita pelo Felipe M. Guerra para o site Boca do Inferno sobre um dos melhores filmes do Albert Pyun. O texto contém uma chuva de spoilers, mas é muito divertido: aqui.